Impactada e nostálgica...
São duas palavras que definem bem
o filme Spotlight – Segredos revelados, em minha opinião jornalística. Por ter
iniciado a minha carreira com algumas matérias investigativas, o filme me
trouxe boas lembranças, principalmente nas cenas da Rachel McAdams e Mark Ruffalo,
em todos os processos de apuração e sigilo de conteúdo a ser denunciado.
Spotlight é aquele filme que todo
jornalista deveria assistir, pois esse espirito de ser fiel a apuração, ao
compromisso com a verdade e de cidadania parece ter desaparecido das redações. Uma
pena, pois eu já vivi a adrenalina do pré-lançamento de uma matéria bombástica e
a recompensa de ter feito “justiça” a alguém. Pena que esse jornalismo, sem medo
de represálias, sem censuras e corrupções, só acontece nos cinemas...
Mas vamos focar na trama, para
quem não assistiu:
"Spotlight: Segredos Revelados" é dirigido por Thomas McCarthy
e tem os atores Mark Ruffalo, Rachel McAdams, Michael Keaton, Liev Schreiber e
John Slattery no elenco. O filme é baseado em uma investigação jornalística
conduzida em 2002 por uma equipe do jornal "The Boston Globe" sobre
pedofilia na Igreja Católica - o que acabou acontecendo mais tarde, quando
milhares de casos de abuso em todo o mundo vieram à tona.
A investigação dos repórteres de Boston comprovou que o Vaticano
preferia mudar os sacerdotes de paróquia e cargo, afastando suspeitas de
abusos, do que denunciá-los por crimes de pedofilia. A medida servia para
evitar que os escândalos viessem a toda e abalassem a imagem da Igreja.
Spotlight" levou o Oscar de melhor filme e de melhor roteiro
original. Na cerimônia realizada nos Estados Unidos, no domingo (28), o elenco
pediu para o papa Francisco proteger as crianças e atuar no combate à
pedofilia.
O anúncio da vitória de "Spotlight" no Oscar coincidiu com
vários dias de depoimento em Roma do cardeal australiano George Pell a uma
comissão de justiça que apura a conduta da Igreja em casos de pedofilia na
Austrália, dos anos 1980 em diante.
Leia mais em: Jornal do Brasil
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