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Veterinária Priscila Mesiano |
Nesta sexta-feira, dia 9 de setembro,
é celebrado o dia do veterinário. A categoria comemora 48 anos de
regulamentação e muitos avanços no setor, como o desenvolvimento das
especializações e exames complementares, o que torna a medicina veterinária
cada vez mais próxima da humana.
A prática da medicina veterinária foi
regulamentada no Brasil em 23 de outubro de 1968. Entretanto, de acordo com o
Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), em 1910 já existiam duas
instituições de ensino superior, no Rio de Janeiro. Ainda segundo registros, o
interesse pelas ciências agrárias começou bem antes, no século XIX, mais
precisamente em 1875, quando D. Pedro II viajou para a França e visitou a
Escola Veterinária de Alfort, fazendo com que ele se preocupasse em estabelecer
condições para a criação de entidade semelhante no seu regresso ao Brasil.
De lá pra cá, outros tantos avanços,
como a geração de especialistas que vem se formando em diversos cursos
ministrados em excelentes faculdades. “Há dez ou quinze anos, os médicos
veterinários eram apenas clínicos gerais, agora é possível encontrar
neurologistas, oncologistas, oftalmologistas, ortopedistas, fisioterapeutas,
acupunturistas e muitos outros”, explica a veterinária Priscila Mesiano,
especializada em felinos e membro da Associação Brasileira de Clínica
de Felinos, da International Society of Feline Medicine e da American
Association of Feline Pratictioners.
Além disso, para a manutenção da
saúde, exames como tomografia e ressonância magnética exerceram papel
fundamental. Por conta deles, assim como na medicina humana, já é possível
chegar ao diagnóstico precoce, tratando tumores e outros problemas que antes só
eram descobertos tarde demais.
Tantos fatores de desenvolvimento
fizeram com que empresários também investissem mais no setor. “Nós estamos
sempre buscando melhorar o atendimento, ser rápidos, práticos, oferecer todas
as especializações, isso tudo sem perder o amor pelos animais”, explica
Priscila, que também é proprietária da Clínica 24 horas Amigo Bicho.
Entre as especializações, a que trouxe resultados efetivos para a qualidade de vida dos seres de quatro patas foi a reabilitação animal. A fisioterapia tem como objetivo acelerar a recuperação do paciente depois de uma cirurgia ortopédica ou neurológica. Animais que apresentam contraturas, entorses, tendinites, bursites ou debilidade muscular, recuperam a funcionalidade da extremidade afetada muito mais rapidamente. Esta terapia pode e deve ser aplicada em animais com dor, edemas e alterações de artrose, não sendo focada somente em lesões ortopédicas, mas também aplicando-se em pacientes geriátricos ou obesos.
Quem se beneficiou e muito com isso foi o gato Cruel. Após uma briga com um cachorro, sofreu fratura na coluna em duas vértebras e perdeu o movimento dos membros posteriores. O quadro dele estava bem próximo à eutanásia. “O estado dele ao chegar à clínica era bastante precário, quase sem esperança, muitas pessoas achavam que não havia mais jeito, foi aí que resolvi acreditar nele. Fizemos um colete imobilizador, pois não havia possibilidade de cirurgia até então e diariamente fazíamos exercícios de reabilitação com ele”, conta a veterinária Samylla Torres. Após dois meses de muita dedicação, hoje Cruel está andando normalmente.
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