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Dr. Clay Brites |
Especialista
portador do transtorno mostra que é possível lidar com o problema e ter uma
vida normal
Desatenção, falta de concentração e esquecimento, essas são algumas das
características das pessoas com o Transtorno de Déficit de Atenção e
Hiperatividade (TDAH). No entanto, isso não impossibilita elas terem uma vida
normal. Muitas celebridades portadoras de TDAH conseguiram superar o transtorno
e alçaram o sucesso nas suas carreiras.
Em entrevistas, Bill Gates, fundador da Microsoft e um dos homens mais
ricos do mundo, confessou ter o transtorno. Segundo ele, enfrentou diversos
problemas na escola e ainda abandonou a Universidade de Harvard antes de se
formar. Porém, isso não tirou o brilho dele nos negócios.
O milionário Richard Branson, fundador da Virgin, contou em entrevistas
que também precisou superar os desafios do TDAH. Branson disse que tinha sérias
dificuldades de concentração. Isso o fez sair da escola aos 15 anos. Mas o
transtorno não o impediu de vencer na vida.
Grandes personalidades do passado como, por exemplo, Salvador Dali, Walt
Disney e Leonardo da Vinci também foram portadores desse transtorno. Porém,
todos eles conseguiram obter sucesso em suas carreiras e gravaram seus nomes na
história.
Segundo o neuropediatra Dr. Clay Brites da Neuro Saber (http://neurosaber.com.br/), o TDAH não
impossibilita ninguém, inclusive as crianças, de ter uma vida normal.
O grande problema, segundo o especialista, é a confusão e o preconceito
das pessoas em relação ao TDAH. Por exemplo, muitos pais e educadores pensam
que o transtorno se trata de outro caso: ansiedade, dislexia e até preguiça em
raciocinar. “Isso pode causar tristeza e pode fazer a pessoa desistir de
estudar”.
- A falta de informação adequada faz com que muitas famílias procurem
auxílio de um especialista tardiamente, o que pode prejudicar a qualidade de
vida da criança, principalmente quando esta chega à adolescência ou à fase
adulta - alerta.
Por isso, quanto mais cedo for diagnosticado melhor. Dr. Clay diz que
quando se descobre o TDAH na infância, entre 7 e 9 anos, os tratamentos surtem
efeitos muito bons. “O acompanhamento individualizado, ajuda na readaptação e o
estímulo da família tendem a ajudar imensamente”.
Brites revela que descobriu ser portador de TDAH só na fase adulta. Ele
era conhecido por ser esquecido e desatento. Brites fala, por exemplo, que
tinha a sensação de que os pais demostravam confiar mais nos seus irmãos do que
nele para resolver situações cotidianas. “Isso reduzia muito minha autoestima”.
Os esquecimentos recorrentes também alimentavam a sensação de fracasso.
Conta que na escola ia bem, mas tinha que se dedicar com mais afinco e
persistência para memorizar o mesmo volume de conhecimento que os demais.
- No colegial, fui o primeiro aluno da sala em notas. Na graduação em
Medicina, tive que estudar dobrado, mas consegui concluir em 16º lugar.
Especializei-me em pediatria e neuropediatria na Santa Casa de São Paulo - diz.
Hoje ele tem uma clínica multidisciplinar, onde trabalha com jovens com
os mesmos problemas de atenção e transtornos de leitura e escrita. Além disso,
conseguiu identificar que seu filho possui as mesmas dificuldades.
- O respeito e o tratamento são muito importantes para que as pessoas
com TDAH não sofram tanto. O tratamento muda vidas e pode reverter o fracasso
escolar e a relação do indivíduo com seus entes queridos e autoridades
escolares, permitindo, assim, plena saúde afetiva e mental - conclui.
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