Corais do IMCP e
Orquestra Filarmônica de Petrópolis apresentaram Réquiem de Fauré
A emoção tomou conta da
Igreja do Sagrado Coração de Jesus na tarde desta terça-feira (02), quando o
Coral dos Canarinhos, das Meninas dos Canarinhos e a Orquestra Filarmônica de
Petrópolis apresentaram uma das obras mais queridas da música clássica: o
Réquiem de Fauré. O concerto promoveu uma reflexão e levou uma mensagem
especial ao público que prestigiou o evento.
A decisão de apresentar a
peça neste Dia de Finados não foi por acaso. O Réquiem, obra mais conhecida do
compositor francês Gabriel Fauré, é baseado na Missa dos Mortos. De forma leve,
ele traz palavras de esperança e amor, confortando o coração daqueles que
dedicaram a data para lembrar dos seus entes queridos e celebrar a vida eterna
daqueles que partiram.
“Eu quase chorei. A gente
viaja escutando essas vozes. Foi maravilhoso”, desabafou o comerciante Juvenal
Baião. A aposentada Célia Maria Gonçalves ficou sabendo do evento pelo jornal,
foi a primeira vez que ela assistiu uma apresentação dos Canarinhos de
Petrópolis. “Achei maravilhoso e me emocionei muito. Nunca tinha assistido o
coral, mas agora vou querer prestigiá-los mais vezes”.
O evento foi realizado pelo
Instituto dos Meninos Cantores de Petrópolis (IMCP), com apoio do Conselho
Municipal de Cultura e da Prefeitura de Petrópolis, através da Fundação de
Cultura e Turismo. Além do Réquiem de Fauré, o público também pode prestigiar a
obra "Gesang der Geister über den Wassern" (Canto dos Espíritos Sobre
as Águas), do austríaco Franz Schubert, que abriu o concerto.
O Réquiem de Fauré foi
escrito em 7 partes: Introitus et Kyrie, Offertorium, Sanctus, Pie Jesu, Agnus
Dei, Libera me e In paradisum. Foram 60 vozes, incluindo solistas
convidados, o menino cantor Paulo Vinícius e o barítono Marcelo Coutinho, que
também começou seus estudos na música no Coral dos Canarinhos de Petrópolis,
quatro décadas atrás. “Meu coração está apertado. O Réquiem de Fauré já é lindo
por natureza, mas me emociono muito todas as vezes que venho cantar aqui. Passa
um filme na minha cabeça, sobre a minha história, porque esse coral é o que eu
sou, não estaria aqui se não fosse ele. Tenho que controlar para não me deixar
levar pela emoção”, desabafou.
“Além de ter sido uma emoção
muito grande, foi um momento de reflexão. A gente espera que através da
mensagem que levamos com a nossa música, as pessoas possam ter separado um
tempo para pensar em suas próprias vidas e em suas atitudes. Esperamos que
todos tenham se sentido mais leves após esse concerto, com um sentimento de
paz, de alegria e de felicidade”, declarou o maestro Marco Aurélio Lischt,
diretor artístico do evento.
A apresentação arrecadou
mais de 150 itens de limpeza, que serão doados a instituições sociais de
Petrópolis.
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